O Presidente da República, João Lourenço, reconheceu na sexta-feira, 11, que "há muito por fazer" para se garantir o desenvolvimento económico e social do País.
"Angola foi vítima de um conflito armado que durou décadas. Não deve haver mais países no mundo que tenham vivido uma situação tão amarga quanto a nossa, que foram 27 anos consecutivos de guerra", declarou João Lourenço no termo de uma visita às obras de construção das barragens do Ndúe, no rio Caune, e Calucuve, no rio Cuvelai, na província do Cunene.
"O País está em paz há 21 anos, tempo ainda insuficiente para se reconstruir o que foi destruído e implantar-se novos projectos de raiz, fora do quadro da reconstrução", acrescentou.
O Chefe do Estado referiu que o seu Executivo não dá sinais de fraqueza e muito menos de recuo "e este grande programa (construção de barragens) é para ser levado até ao fim".
"Ele compreende não apenas as províncias do Cunene e da Huíla como a província do Namibe", sublinhou João Lourenço, acrescentando que "os projectos de maior dimensão e de maior custo são os que vão ser construídos na província do Namibe".
Disse que o programa é ambicioso e que será necessária a mobilização de recursos financeiros, para, faseadamente, irem executando o programa na sua totalidade.
"Não há recuo, o que pode haver é alguma dificuldade em mobilizar recursos tão avultados quanto os que estamos a falar, muito próximos dos três mil milhões de dólares", referiu.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Energia e Águas, a execução física da obra é de 23,29 por cento e terá um volume de armazenamento de 170 mil milhões de litros de água.
Ainda hoje, o Chefe de Estado recebeu, também, explicações sobre as obras da Barragem do Calucuve, na mesma localidade.