A Mundial Seguros, subsidiária do Banco de Poupança e Crédito (BPC), está enfrentando um êxodo de talentos significativo, conforme revelam denúncias recebidas pela nossa equipe editorial.
De acordo com fontes internas, há um clima de trabalho tóxico sob a atual administração, destacando-se alegadas práticas de assédio moral por parte da Comissão Executiva.
A recente saída de dois profissionais altamente qualificados, incluindo um especialista formado em uma das principais universidades do mundo, é um reflexo da gravidade da situação.
Num mercado carente de especialistas em áreas como Ciências Matemáticas e Atuariais, a Mundial Seguros se encontra fragilizada, perdendo terreno para os concorrentes.
Além disso, a Comissão Executiva é acusada de agir de forma arbitrária em nomeações e exonerações, desconsiderando as normas legais.
A certificação dos órgãos sociais ainda não foi ratificada devido a uma disputa de posse de ações entre os acionistas, contribuindo para a instabilidade na empresa.
À medida que a Assembleia Geral de Acionistas se aproxima, a tensão aumenta, com a Comissão Executiva desalinhada e preocupada por não cumprir as metas estabelecidas pelo acionista majoritário (BPC).
Embora a diversificação da carteira e o aumento da produção do ramo não-vida fossem os principais objetivos, a produção do Canal Direto da seguradora diminuiu consideravelmente.
O Programa de Reestruturação e Relançamento da Empresa (PRRE), aprovado em 2020, foi ignorado pela nova administração, que agora tenta adaptá-lo para apresentar resultados na Assembleia Geral.
A má gestão da empresa é evidente, com exemplos como a rescisão do contrato com o principal provedor de seguros de saúde (Midplus) em favor de uma proposta mais cara e com menos benefícios (Saúde Mais).
A disparidade salarial entre colaboradores antigos e novos, com a criação de duas tabelas salariais, é outro fator que contribui para a instabilidade interna.
Além disso, a contratação de funcionários sem experiência em cargos de especialistas, como Nelson Luís Cândido Gomes (expulso do BCI por roubo) e Osvaldo Francisco Tandala (expulso da Sanlam Angola Seguros por fraude), agrava ainda mais a situação.
Fonte: HoldonAngola

