
O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou, em uma conferência de imprensa realizada na sede do seu grupo parlamentar, em Luanda, que o discurso de Donald Trump durante sua investidura como 47º Presidente dos EUA, no dia 20 de janeiro, "incomodou muitos líderes africanos".
Costa Júnior destacou que as declarações de Trump geraram desconforto e foram um ponto de reflexão para a liderança política do continente.
Durante a sua análise, Costa Júnior foi mais enfático, dizendo que as palavras de Trump provocaram “dores de barriga” nos líderes africanos. Sem citar nomes, ele sugeriu que os governantes do continente reavaliem e mudem a forma de conduzir seus países, com foco em governança mais eficiente e voltada para as necessidades da população.
O político também comentou sobre a ausência de presidentes africanos na cerimônia de investidura de Trump, interpretando-a como um sinal de alerta para que os líderes do continente se atentem mais profundamente às dificuldades enfrentadas pelos seus povos.
Para Costa Júnior, a falta de presença de líderes africanos na cerimônia não deve ser vista apenas como um gesto protocolar, mas como uma oportunidade para refletir sobre a atual situação política e social do continente.
Ele ainda apontou Angola como um exemplo, afirmando que o país está “amarrado a um imbondeiro chamado de partido-Estado”, uma referência à estreita relação entre o partido dominante e o Estado, que, segundo ele, "se alimenta excessivamente dele e não deseja se libertar, por questões de sobrevivência política".
A declaração de Adalberto Costa Júnior levanta importantes questões sobre a política interna dos países africanos e a necessidade de reformas para um desenvolvimento mais equilibrado e centrado nas necessidades da população.
IN CK