Desaparecimento de Carapau: SIC Detém Responsável por Venda Ilegal
As sete toneladas de carapau apreendidas em Tômbwa, na província do Namibe, foram vendidas no mercado informal de Moçâmedes pelo responsável da embarcação semi-industrial onde o peixe estava retido. Segundo o Serviço de Investigação Criminal (SIC), o responsável alegou ter vendido apenas 40 caixas do carapau e atirado o restante ao mar.
O suspeito, um cidadão nacional, foi detido pelo SIC e apresentou às autoridades a quantia de 550 mil kwanzas, correspondente à venda das 40 caixas.
A detenção ocorreu no início do mês, após o indivíduo ter ocultado as sete toneladas apreendidas pelas autoridades locais, que estavam proibidas de serem capturadas devido ao período de veda.
A captura do carapau e da cavala está proibida durante os meses de julho e agosto pelo Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, a fim de permitir a reprodução dessas espécies.
No dia 29 de julho, as autoridades pesqueiras do Namibe confiscaram sete toneladas de carapau de uma empresa pesqueira chinesa. No entanto, 24 horas após a apreensão, o peixe desapareceu sem deixar vestígios, o que surpreendeu as autoridades.
A apreensão foi realizada com base em uma denúncia e um mandado da Procuradoria Geral da República (PGR) do Namibe.
De acordo com o superintendente-chefe Manuel Halaiwa, diretor de comunicação institucional do SIC-geral, as investigações revelaram que o responsável pela embarcação havia zarpado com as sete toneladas, retirado e vendido uma parte do carapau, e alegado ter devolvido o restante ao mar.
O processo está em andamento, e o suspeito foi encaminhado ao Ministério Público e ao juiz de garantias para as etapas subsequentes da justiça.
É importante destacar que a proibição da pesca de carapau e cavala, que começou em 1º de julho, visa garantir a reprodução dessas espécies, conforme noticiado anteriormente pelo Novo Jornal.
HoldonAngola
